sexta-feira, novembro 28, 2014

Enquanto durar…

Vou ao sabor do vento,
catar todas as memórias.
Descubro-as cansadas.
Desgastas,
pela erosão do tempo.

Ainda assim insisto,
e procuro novamente.
De leve vêm surgindo,
brotam como as flores na primavera.
Mas descubro,
que já não são minhas,
pertencem à terra que tudo leva.

Mas reconheço,
que nem tudo dura para sempre…
nem o bom, nem o mau…
mas se arrisco pedir,
que o bom dure mais tempo,
e é sempre bom,

enquanto durar.

Vida

Se soubesses o que o coração é capaz…
Se sofresses o que a mente destrói…
Ai, amor, se soubesses o que é amar…
Amar.
Amar.
Só amar… mais nada.

Se soubesses,
Que por trás do monte,
Onde o vento curva e sussurra…
Brando, murmura no ouvido o meu nome.

E nele se escondem os sentidos,
Nele se guardam as fantasias,
De uma vida,
De uma vida longa e espaçada,
Mas em intensa liberdade.

No meu nome se dissimula a identidade.
Mas essa não revelo a ninguém,
Não é por cinismo, vaidade ou vergonha,
Mas para manter o mistério…

O mistério que é viver.

Sandra Isabel Amaro
11-08-2014

16h16