segunda-feira, outubro 25, 2010

Des (atino)

Sentada nesta cadeira
Virada para o mar
Prevendo o futuro,
Recordando o passado,
Entendo que não posso estar,
Entendo que não quero estar.

Vaga sim,
onda não
Percebo o sabor do lápis de carvão…

Sabe a cal!!!

Branco, alvo…
Como os velhos cabelos
Que me cobrem o rosto…

Era jovem nesse dia,
Dinâmica, cheia de vitalidade,
A esperança raiada nos olhos!

Mas breve foi o momento…
E longa foi a chaga
Que o destino cravou no meu ventre.

Hoje compreendo,
Mas…
Não aceito!
O momento foi breve
Mas a existência eterna.